o fruto do proibido

Não posso. E por não poder, uso astrologia, luas e clichês como desculpas para o pensamento em você. Escapo pela tangente de palavras que insistem em te sussurrar em absurdos no pé do meu ouvido para me entregar a memória da pele invadida pelos seus dedos. Me retorço escornada na cama pedindo mais das tuas mãos, nossos corpos suando, você metendo e eu gemendo. Gritando. Pedindo. Implorando.

O plano era ser apenas tesão matado nas tuas vindas. Mas você sorri na minha lembrança e eu sorrio de volta. E dá medo porque vem acompanhado de uma saudade que eu nunca pedi para sentir.  A gente não se sente livre o suficiente pra gritar a coisa por aí [que coisa?], mas também não aguenta mais esconder e fica aqui coisando entre dar pistas e guardar segredos. O maniqueísmo precisa ser afastado desse fluxo se sensações que me vem. Sensações porque não me permito mais ter sentimento. Sentimento hoje, só se for tesão e do bom. Que vala a foda. O foda é que nessa de te sorrir de volta no imaginário do meu pensamento, você me come toda por dentro. E eu que não sou dada as emoções, fico nessa de ser levada pelas sensações.

 

o fruto do proibido

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